quarta-feira, 25 de julho de 2012

Raio de sol ...







Raio de sol que ofusca,
Um dia ausente de angústia.
Intensa vontade de viver.
Caminhamos lado a lado,
Unidos num mesmo sentir.
Ninho de pássaro alado,
Hoje triste, já cansado,
Amanhã irás sorrir.
Mundo de sonho e prazer,
Agora vislumbras o amor,
Rumas ao Infinito, sem dor.
Tens tudo para vencer,
Intensos os pensamentos,
Nadam na água do sentimentos,
Ser amado, amar, viver...



Julho de 2012

Alcina Moreira

sábado, 14 de julho de 2012





Abre a porta, abre a janela
Deixa aquele anjo entrar,
Boas-vindas vem-te dar,
Dar-te a boa nova,
Deus não deixou de te amar
Abre o teu coração,
Sê piedoso, tem compaixão,
Recebe todo o amor ,
Ainda que te traga dor.
Abre também tua alma,
Deixa Deus nela pousar,
Só te irá explicar ,
Como é belo o verbo amar.
Vive, não deixes de viver,
Tudo se esgota com o tempo,
Tudo se transforma em esquecimento,
Tardio pode ser o arrependimento.
Nunca deixes de sonhar,
Bem que pareça utopia,
Sem o sonho em tua vida
Evapora-se a alegria.
Partilha a minha ilusão,
Minha luz, minha paixão,
Vivamos juntos para sempre,
Nesta quimera, nesta ilusão.



Monte Gordo, 11 de Agosto de 10
Alcina Moreira

Madrugada



Madrugada, a tristeza gela meu ser,
Angustia se possessa de mim,
Uma saudade sem fim,
Quebra todo o meu viver…

Entra de mansinho,
Mete-se no meu caminho e
Não me deixa seguir,
Porque é grande meu sentir.

Como poderei partir!
Se povoas minha alma,
Se atormentas minha calma,
Se te quero ver sorrir!

Como poderei avançar,
Se sinto a dor murchar,
Toda a minha alegria,
Transformando-a em letargia.

Como, como poderei esquecer
Um passado tão presente,
Que trouxe meu coração ardente,
E vontade de vencer…


Julho de 2010
Alcina Moreira

Esquecer



Esquecer

Descalça percorro o caminho, onde pela última vez te vi.
Sinto ainda o eco de tuas palavras atroarem meu pensamento.
O sangue gela-me, suplico-te – Volta! Estou em sofrimento
Tudo quimera, tudo um sonho, que eu apenas vivi.

Já estás nos braços de outra,
Roubas-lhe os beijos que me roubaste, outrora.
Vou esquecer-te, decidi, vou esquecer-te agora.
Minha tristeza é grande, minha raiva ficou rouca.

Deixei-te partir, naquele dia…
Quando a madrugada rompia.
Amei-te com mais paixão,
Já vislumbrava nossa separação.

Não lamento tua partida,
Seguiste a tua vida,
Ficou-me a dor no peito.
Vendo nosso leito desfeito.

Hoje estou aqui isolada
Lembrando tudo e nada
Acendo um cigarro na escuridão.
Sucumbo à solidão,

Deixo as lágrimas correrem
Livres, teimosas e quentes…
Tombam em meu colo ardentes.
Turvam minha visão, incandescentes.

Não vou olhar para trás.
Vou trilhar o meu caminho.
Vou seguir o meu destino.
Viverei, serei capaz.

Não mais sofrerei de amor
Vou isolar esse sentimento.
Vou afastar-me da dor.
E seguir meu pensamento…

29 de Abril de 2010

Alcina Moreira

Silêncio / Solidão


A noite está negra como a morte,
Nela caminho alheia à minha sorte.
O frio paralisa meu corpo,
Não consigo avançar,
Meu coração de forma ardente, parece gelar.
Olha à minha volta, sinto-me agoniada,
Sigo em frente, mas deixei de ver a estrada.
A luz que me conduzia, me incendiava
Com uma rajada de vento, foi apagada.
Não há medo, nem fobia, estou perdida,
Meu coração gela, e bate de forma sentida.
A angustia se possessa de mim,
Exausta, exangue, sento-me no banco do jardim.
Fecho os olhos, deixo a lágrima cair,
Nada faço, compreendo seu sentir.
Recorda um passado, que a está ferir.
Ouço um eco ao longe.
- Não te deixes cair…
Alucinação!
Meu ser estarrecido,
Levanta-se imperioso,
Põe-se em sentido.
Segue à deriva,
Deixa para trás um mundo esquecido.
Persegue um presente de dor empedernido.
Ignora o futuro, agora já sem sentido.



21 de Novembro de 2010

Alcina Moreira