terça-feira, 9 de abril de 2013

Sentada numa duna


Sentada numa duna,
Num silêncio sepulcral
Ouço as ondas do mar
Numa angústia abissal.

Fecho os olhos,
Já não penso.
Deixo escorrer o sentimento,
Numa tempestade de desalento.

Meu ser só sente,
A fúria da natureza
Que em esplendor e beleza
Minha amargura pressente.

Levanto-me e grito ao vento,
Que tua ausência é tormento.
Ele diz-me num eco surdo,
Que minha dor é um absurdo.

Ergo-me inconformada.
Abraço um todo vazio,
Sinto dor e tenho frio
Prossigo minha eterna caminhada.

Levo no pensamento
Aquele eterno momento,
Duma história já passada,
Em que amei e fui amada.

Adeus, meu amor!
Lembra apenas o instante,
Em que fui a tua amante,
E me entreguei com fervor.

Que se faça eternidade
Nossa paixão ardente,
Tornando mais real e pungente,
Esta doce e dolorosa saudade.



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