segunda-feira, 3 de março de 2014

Outono da vida




Observo-te ao longe, entre as folhas outonais,

Caem são pisadas, pela indiferença dos demais.

Ergue-te, sai desse caminho…não te percas.

Precisas de mim ainda que não o peças…

Segura-te a mim, e deixa as lágrimas tombarem,

Molha meu ombro, não te ausentes,

Eu estou aqui, eu estou presente…

Doloroso ver o Outono da vida,

Ceifar de forma tão abrupta,

A vida de uma jovem que nunca teve uma vida absoluta…

Preciso de força, preciso de coragem,

Para te ajudar a passar para a outra margem.

Partirás, um dia partirás…

Sei-o, sinto-o, vejo-o, mas

Em meu coração sempre habitarás.

Meu ser estremece só de pensar

Que a morte implacável,

Te quer vir buscar.

Meu Deus, sê misericordioso,

Dá a esta alma triste, perdida, um fim,

Sem sofrimento, sem angustia, suportavelmente doloroso.

Dá-lhe animo se tiver que ser, para aceitar que Aqui pode terminar,

Mas vai continuar a viver, junto de ti e em meu coração piedoso.

Tu, meu Deus, ser de perdão, desculpa-lhe alguma falha,

Não atormentes muito o seu e meu coração.

Traz-lhe um anjo que a conduza, para o Mundo da paz,

Onde acaba toda a luta. 


                                         



 
Alcina Moreira 

2 comentários:

  1. vida e morte, as variações maiores do que somos...
    palavras que trajam o tom suavíssimo da tua própria sensibilidade, querida amiga.
    e este angels, dos w. temptation... tão bonita!!!

    beijinho meu!

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  2. Obrigada, querido amigo, pela atenção concedida a estes momentos (meus) , cuja leitura fazes com terna sensibilidade!

    beijinho meu!

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