quarta-feira, 11 de junho de 2014

Espera...


Sei que não vens,

Mas deixo-me ficar sentada,

Ali naquela esplanada, 

Onde um dia te conheci.



Sei que não vens,

Deixo a chuva bater em meu rosto,

Apagar o meu desgosto,

Dum sonho que não esqueci.



Sei que não vens, 

Permaneço ali prostrada,

Esperando a madrugada,

Para engolir o que vivi…



Sei que não vens,

Tudo foi uma quimera,

É vã a minha espera,

E meu coração chama por ti.



Sei que não vens…

Levanto-me, estou cansada,

Tropeço naquela estrada,

Sigo determinada,

Esquecendo o que senti.




Alcina Moreira

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