sexta-feira, 23 de novembro de 2012



Não, estou sem inspiração...
Já perdi o sentimento.
Entreguei o coração.
Resta-me o pensamento...

Alcina


domingo, 14 de outubro de 2012

Paixão



Fecho os olhos…
Teu pensamento preenche-me.
Acaricias, de forma lânguida, meu corpo…
Deixas-me num frémito de prazer…
Sugas, com teus beijos molhados, minha razão e meu ser…
Já não distingo o meu corpo do teu…
O torpor cega meus sentidos…
Tornámo-nos unos…
Numa sintonia lasciva, deixámo-nos levar.
Colados, nossos corpos suados,
Dançam de forma cada vez mais alucinante.
Não parámos, impossível parar!
Ambos tocámos o Éden, exaustos e saciados.
Aí permanecemos, libertos, desnudados,
Entorpecidos pela paixão…
Deitados ficámos, olhando o Infinito…
Numa lassidão terna e selvagem.
Até quando? Até quando?
Talvez hoje, amanhã,
Talvez Sempre…

Alcina Moreira

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Ilusão assumida

 
 

Ilusão assumida.

 

Todos procuramos a verdade…

Eu quero verdade, ainda que doa, ainda que sofra – dizemos.

Falácia, mentira…

Não podemos desejar aquilo que se espelha, no nosso olhar arguto.

A verdade já a temos, mascarámo-la de mentira…

Procurámos esquecê-la.

Quando te toco, eu sei a verdade.

Quando te ouço, ela ecoa em meu ser.

Quando te sinto, mistura-se com a minha,

Torna-se mentira verdadeira.

Quando me entrego, sinto-a.

Para quê, denunciá-la?

Escondida deixa-nos inquietos, mas vivos…

Descoberta, denuncia nossas fraquezas,

Não, tu não queres a verdade.

Eu não quero a verdade…

Tu queres ser feliz,

Eu também quero a felicidade.

Então vivamos esta ilusão…

Sejamos felizes, esquecidos da razão…

Perpetuemos esta mentira.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Não sei...


Não sei…
Não me perguntem porquê,
Não quero pensar…
A tristeza assola meu ser
Minha alma está a chorar.
Não vou reprimir o sofrimento,
Não vou esconder meu desalento,
Vou vive-lo até se apagar.
Chora coração!
Não escondas mais a emoção,
A angustia que asfixia tua vida.
A tua desilusão sentida…
Tua alma sufocada,
Por uma vida preenchida do Nada…
Retira de teu rosto a máscara,
Não sorrias sem vontade,
Mostra ao Mundo quem és…
Uma alma apagada,
A quem já só resta a luz,
Sombria da madrugada.
Não me perguntem porquê,
Não quero pensar,
Deixo as lágrimas caírem,
Livres, seu destino prosseguirem,
Até a tristeza passar.

26 de Junho de 2010
Alcina Moreira



Existem marcas que nem o TEMPO tem capacidade de apagar...
Mais vivas , mais esfumadas, turvam de tristeza e saudade nosso olhar...
*****************************************************
Olhar perdido, quebrado vazio.
Abraças o mundo e tremes de frio,
Agarraste à vida, outrora de alegria,
Agora de dor, mágoa e nostalgia…
Tristeza, arrependimento?
Porquê?
A tudo te entregaste com sentimento.
Ergues teu olhar sofrido, cansado,
Queres vencer, precisas lutar
Contra a Morte inimiga
Que tua vida teima ceifar.
Amargurada e impotente,
Assisto ao ataque do Inimigo
Que de mim te quer fazer ausente.
Que posso eu fazer?
Como tentar segurar-te,
Sabendo-te a sofrer?
Meus Deus dai-me forças,
Para poder suportar,
Sua ausência infinita
Quando a vieres buscar.
Sê piedoso, não a deixes sofrer,
Nesta vida terrena, só quis viver.


 


Coimbra, 17 de Outubro de 10
Alcina Moreira

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sonho ou devaneio

Sonho ou devaneio
Fechei os olhos
Afoguei meu pensamento,
Apenas naquele momento.
Tu e eu, sonho ou devaneio,
De mãos dadas,
Rompemos caminhos, estradas,
Para atingir o Infinito.
Tive medo, um instante,
De estar num pais distante,
Onde o Tempo fosse ausência,
Tudo fosse reminiscência,
De algo que não vivi.
Se foi real, foi vivido,
Se foi sonho, foi sentido.
Um corpo adormecido.
Coração entorpecido,
Espero, espero por ti…





25 de Maio de 11
Alcina Moreira

sábado, 22 de setembro de 2012

Se soubesses ler meu olhar ...




Era tudo tão fácil se soubesses ler meu olhar…

Era tão fácil, entenderes o que é amar.

Era tão simples poder tudo partilhar…

Tomar meu colo e nele tua mágoa brotar.

Pegar minha mão e secar tua lágrima molhada, a queimar.

Pequeno e grande gesto de me abraçar…

Sussurrar, num murmúrio silencioso, tua vontade de ficar…

Tudo em vão…

Triste e pesarosa desilusão…

Chove lá fora e no meu coração.

Quero-te, desejo-te, mas partes, como no final duma triste canção…

Inconformada, procuro saber a razão…

Revejo, vasculho meu passado, olho meu presente, tudo em vão…

Limpaste minha lágrima teimosa e incontrolada,

E partiste sem dizer mais nada…

E eu aqui permaneço sentada,

Perdida em sonhos,

Repleta duma nostalgia triste…

Abandonada, nesta sombria e derradeira madrugada.

 
 
 
 

19 de Março de 2010

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Suave entardecer






Fecho os olhos…
Teu pensamento preenche-me.
Acaricias, de forma lânguida, meu corpo…
Deixas-me num frémito de prazer…
Sugas, com teus beijos molhados, minha razão e meu ser…
Já não distingo o meu corpo do teu…
O torpor cega meus sentidos…
Tornámo-nos unos…
Numa sintonia lasciva, deixámo-nos levar.
Colados, nossos corpos suados,
Dançam de forma cada vez mais alucinante.
Não parámos, impossível parar!
Ambos tocámos o Éden, exaustos e saciados.
Aí permanecemos, libertos, desnudados,
Entorpecidos pela paixão…
Deitados ficámos, olhando o Infinito…
Numa lassidão terna e selvagem.
Até quando? Até quando?
Talvez hoje, amanhã,
Talvez Sempre…




Alcina Moreira

Jardim dos segredos

 
Caminho sem pressa, naquele jardim,
Atapetado de relva, rosas e com cheiro a jasmim…
Foi ali, foi ali que te vi, te senti, por acaso…
Olhamo-nos profundamente,
Meu corpo escaldava com o teu olhar ardente…
Aproximamo-nos, o aroma das flores inebriava meus sentidos,
Sem mesmo o pensar, já por ti sonhava ser amada…
Estranha e misteriosa sensação, de te desejar, de te querer.
Como se fosses razão me meu viver…
Mas assim foi…rompem-se as barreiras…
Aproximas-te, tocas-me e meu corpo trémulo clama o teu.
Entrego-me, mesmo ali, porque sei, que desde então serás meu.
Não sei se em sonho, se ilusão,
Serás o jasmim, que ali apareceu para mim…
O tempo poderá passar, o jardim ficar sombrio…
Mas sempre que ali passo, sei que encontrei meu amor vadio…
Não serás esquecimento, porque meu amor,
Eternizou esse momento…
Partiste, não sei onde estás…
Seguiste o teu caminho,
Eu permaneci no jardim,
Mesclando prazer sentido…
Com o cheiro do jasmim…
Se puderes, volta, volta para mim…
 



 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Se eu fosse pintora...

                                                           Dedico ao meu filho, o ser que mais amo.





Se eu fosse pintora fazia uma tela
Onde tu sentisses que a vida era bela.
Se fosse pintora, exibia o olhar daquela criança
Que te recorda a tua feliz infância.
Se fosse pintora, pintava a alegria,
Para que esquecesses a teus dias de agonia.
Se fosse pintora, coloria a saudade,
Para poderes sentir, na recordação, a felicidade.
Se fosse pintora, sanava da pintura a dor,
Para que só experimentasses o prazer do amor.
Se fosse pintora, pintava-te meu filho,
Para que lembrasses que estou sempre contigo.
Não sou pintora, mas tua mãe, tua amiga,
Entrego-te meu amor, meu coração,
Concedo-te a graça de minha oração.
Que a harmonia, ternura e alegria
Estejam sempre na tua mão.
E os teus dias sejam uma perpétua alegre canção.




Alcina Moreira

sábado, 8 de setembro de 2012

Esperar




Tempo, pensei que fosses meu companheiro,

Pensei que fosses meu amigo…

Mas duma forma atroz,

Descubro em ti meu inimigo.

Acreditei que chorasses comigo,

Um choro pungente e sentido,

Que apagasse minha dor…

De mão dada, meu irmão,

Protegerias meu coração,

Desta mágoa de amor.

Mas não, implacável insistes,

Que a saudade que existe,

Se faça eternidade…

Se me queres perseguir,

Faz da recordação ternura,

Onde não haja amargura,

Não mais que a terna doçura,

De amar e ser amada.

 

 

17 de Maio de 2011

 

Alcina




 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012



O tempo passa veloz
A saudade é atroz
Uma vontade insana,
De ter uma vida calma,
Quando chora minha alma.
Espero sentir teus passos,
Ouvir tua voz doce, feroz.
Rodear-me de teus braços,
Sacudir meus tormentos, meu cansaços,
Refazer todos os laços,
Que me separam de ti.
Beijar teus lábios macios,
Ora doces, ora frios,
E, num gemido sentido,
Segredar-te ao ouvido,
Que só para ti eu vivo.

16 de Agosto de 2012

Alcina Moreira

Solidão


Meus olhos lacrimejantes,
Da tristeza são amantes,
Agora longe de ti,
Muita lágrima verti,
Até poder compreender,
Que se pode viver,
Longe de um grande amor,
Quando este só nos traz dor.
Não quero saber mais nada,
Insensível ao sentimento
Isolo meu pensamento,
Contemplando a madrugada,
Que dentro e fora de mim,
Me deixa paralisada,
Com sua solidão pesada.
Que de meu ser se apossou.
Como me fizeste feliz,
Quando meu coração no teu lia
Uma indisfarçável alegria,
De me ter junto de ti.
Mas malfadado Tempo,
Que transforma a vida,
Num efémero momento,
Duma felicidade,
Que maior torna o tormento.



30 de Abril de 2011
Alcina Moreira

domingo, 12 de agosto de 2012

Tristeza


Tristeza


Gostava de contar uma bela história de amor que te fizesse sorrir.

Amava contar-te o impossível, acabado de alcançar…

Gostava de te fazer feliz, gostava de te abraçar.

Meu coração está triste e nada consegue vislumbrar.

Minha alma de luto, só a angustia consegue captar.

Adorava fazer-te rir, sonhar, acreditar,

Meu ser é uma sombra, que a luz veio ensombrar.

Querer ser tua chama, tua vida,

Mas a minha está vazia, está despida…

Limpar tuas lágrimas, com meus lábios quentes,

Meu coração, virou chama incandescente.

Queimar-te-ia, com meu calor…

Traria tristeza aos teus olhos, só te daria dor…

Não, deixa-me só…Não olhes para trás.

Deixa-me, aqui abandonada,

Carpir uma saudade infundada,

E sozinha caminhar…

Caminhar naquela duna,

Olhar o mar, chorar minha saudade,

Deixar o vento, levar minha vontade…

Espalhar na areia minha amargura,

Afastar de meu ser, este silêncio vazio,

Cheio de mim e de ti…

Afastar-me sem sofrer, daquilo que fomos, de Nós…

Deixa-me, deixa-me com minha infelicidade atroz.



13/03/10



Alcina Moreira



quarta-feira, 25 de julho de 2012

Raio de sol ...







Raio de sol que ofusca,
Um dia ausente de angústia.
Intensa vontade de viver.
Caminhamos lado a lado,
Unidos num mesmo sentir.
Ninho de pássaro alado,
Hoje triste, já cansado,
Amanhã irás sorrir.
Mundo de sonho e prazer,
Agora vislumbras o amor,
Rumas ao Infinito, sem dor.
Tens tudo para vencer,
Intensos os pensamentos,
Nadam na água do sentimentos,
Ser amado, amar, viver...



Julho de 2012

Alcina Moreira

sábado, 14 de julho de 2012





Abre a porta, abre a janela
Deixa aquele anjo entrar,
Boas-vindas vem-te dar,
Dar-te a boa nova,
Deus não deixou de te amar
Abre o teu coração,
Sê piedoso, tem compaixão,
Recebe todo o amor ,
Ainda que te traga dor.
Abre também tua alma,
Deixa Deus nela pousar,
Só te irá explicar ,
Como é belo o verbo amar.
Vive, não deixes de viver,
Tudo se esgota com o tempo,
Tudo se transforma em esquecimento,
Tardio pode ser o arrependimento.
Nunca deixes de sonhar,
Bem que pareça utopia,
Sem o sonho em tua vida
Evapora-se a alegria.
Partilha a minha ilusão,
Minha luz, minha paixão,
Vivamos juntos para sempre,
Nesta quimera, nesta ilusão.



Monte Gordo, 11 de Agosto de 10
Alcina Moreira

Madrugada



Madrugada, a tristeza gela meu ser,
Angustia se possessa de mim,
Uma saudade sem fim,
Quebra todo o meu viver…

Entra de mansinho,
Mete-se no meu caminho e
Não me deixa seguir,
Porque é grande meu sentir.

Como poderei partir!
Se povoas minha alma,
Se atormentas minha calma,
Se te quero ver sorrir!

Como poderei avançar,
Se sinto a dor murchar,
Toda a minha alegria,
Transformando-a em letargia.

Como, como poderei esquecer
Um passado tão presente,
Que trouxe meu coração ardente,
E vontade de vencer…


Julho de 2010
Alcina Moreira

Esquecer



Esquecer

Descalça percorro o caminho, onde pela última vez te vi.
Sinto ainda o eco de tuas palavras atroarem meu pensamento.
O sangue gela-me, suplico-te – Volta! Estou em sofrimento
Tudo quimera, tudo um sonho, que eu apenas vivi.

Já estás nos braços de outra,
Roubas-lhe os beijos que me roubaste, outrora.
Vou esquecer-te, decidi, vou esquecer-te agora.
Minha tristeza é grande, minha raiva ficou rouca.

Deixei-te partir, naquele dia…
Quando a madrugada rompia.
Amei-te com mais paixão,
Já vislumbrava nossa separação.

Não lamento tua partida,
Seguiste a tua vida,
Ficou-me a dor no peito.
Vendo nosso leito desfeito.

Hoje estou aqui isolada
Lembrando tudo e nada
Acendo um cigarro na escuridão.
Sucumbo à solidão,

Deixo as lágrimas correrem
Livres, teimosas e quentes…
Tombam em meu colo ardentes.
Turvam minha visão, incandescentes.

Não vou olhar para trás.
Vou trilhar o meu caminho.
Vou seguir o meu destino.
Viverei, serei capaz.

Não mais sofrerei de amor
Vou isolar esse sentimento.
Vou afastar-me da dor.
E seguir meu pensamento…

29 de Abril de 2010

Alcina Moreira

Silêncio / Solidão


A noite está negra como a morte,
Nela caminho alheia à minha sorte.
O frio paralisa meu corpo,
Não consigo avançar,
Meu coração de forma ardente, parece gelar.
Olha à minha volta, sinto-me agoniada,
Sigo em frente, mas deixei de ver a estrada.
A luz que me conduzia, me incendiava
Com uma rajada de vento, foi apagada.
Não há medo, nem fobia, estou perdida,
Meu coração gela, e bate de forma sentida.
A angustia se possessa de mim,
Exausta, exangue, sento-me no banco do jardim.
Fecho os olhos, deixo a lágrima cair,
Nada faço, compreendo seu sentir.
Recorda um passado, que a está ferir.
Ouço um eco ao longe.
- Não te deixes cair…
Alucinação!
Meu ser estarrecido,
Levanta-se imperioso,
Põe-se em sentido.
Segue à deriva,
Deixa para trás um mundo esquecido.
Persegue um presente de dor empedernido.
Ignora o futuro, agora já sem sentido.



21 de Novembro de 2010

Alcina Moreira

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Silêncio




No silêncio …

Ouço o silêncio surdo de teus passos,
Meu coração pula de exaltação,
Cedo desperta de seu ledo engano,
Chorando, segura sua alma em estilhaços.
Quisera viver a ilusão, de te saber com saudade.
Eterna se assegura minha tristeza,
Efémera é a felicidade…
Olho a noite solitária,
Que me embala em sua penumbra,
A angustia é profunda,
Escondo minha dor.
Em tua infinita escuridão,
Confesso minha paixão
A ti, companheira amiga e solidária.

20 de Junho de 2011

Alcina Moreira


Mulher


Mulher perdida, abandonada,
Remexe no seu bolso e não encontra nada.
Mulher corajosa que enfrenta a adversidade,
Na busca da felicidade.
Mulher que chora, porque foi magoada,
Que ergue a cabeça e segue determinada.
Mulher honesta e justa
Que luta, que grita que enfrenta,
Aquilo que ao próprio homem custa.
Mulher, amante, amiga, companheira,
Que te abre sua cama, num dia de canseira.
Mulher bela, mulher feia, mulher doce e amarga,
Que te perdoa e desculpa,
Que por ti ergue a bainha de sua espada.
Mulher, metáfora do amor,
Que esconde suas lágrimas,
Para te proteger de sua dor.
Mulher nobre, mulher fútil
Que te abre sua porta
Quando te pode ser útil.
Mulher pobre que a criança sustenta,
E que sem forças, sua vida acalenta.
Mulher da vida, mulher heroína,
És, foste, serás, hoje e sempre uma Rainha.

Março de 2011
Alcina Moreira



Comentarios

Mulher-Menina


















Mulher-menina , mulher-criança,
Mulher que chora da sua infância.
Alma que ri em profunda tristeza,
Ser forte, na sua fraqueza.
Mulher do campo, mulher da rua,
Alma que grita, que se comove, com vida dura.
Mulher de sentimento profundo,
Ser que amaldiçoa e salva o mundo.
Mulher mãe, amante e amada,
Mulher que sonha mesmo acordada.
Mulher que vela seu filho, na madrugada.
Mulher sofredora, mulher angustiada.
Mulher sedutora, mulher rejeitada,
Mulher que aceita o tudo e o nada.
Alma que se entrega, se deixa possuir,
Mulher que murmura, sem nada sentir.
Mulher venturosa em vida desventurada,
Ser que odeia a verdade disfarçada,
Mulher do Passado, mulher do Presente,
Mulher que o Futuro pressente.
Estrela brilhante na noite sombria,
Projecção de luz, numa alma vazia,
Bálsamo do triste que chora na via,
Preso ao eco do que sentia.
Mulher solitária,
Caminhas na rua, abandonada.
Abraças o Universo, sem pedir nada.
Ergues-te do chão, determinada.
Mulher, fonte de luz,
Mulher que o mundo e o Homem conduz.
Mulher, muito obrigada!
Por tudo o que és…
Aura de esperança, numa vida apagada.
O mundo te agradece e te ergue sua espada.
Alcina Moreira

Lágrimas

Lágrimas
Uma, duas, três,
As lágrimas caem em catadupa
Lavam meu rosto macerado de dor,
Adormecem em meu colo.
Permaneço em silêncio,
Lavo minha alma de todo o sofrimento,
Sinto o eco surdo de um coração vazio,
Suas batidas são ténues, sinto frio…
Preciso do teu ombro terno e amigo,
Quero deixar de sentir esta solidão,
Que avassala e entorpece meu coração…
Quero sentir o teu calor,
O teu abraço protector,
Que me transporte para um mundo de luz,
Um mundo de Amor…
Quimera, vã ilusão,
Partiste, deixaste-me só, na escuridão…
Vacilante, na penumbra, procuro o caminho,
Sei que é um percurso tortuoso,
Onde paira um tormento doloroso,
Dum passado que se queria esquecido,
Dum presente que se queria vivido,
Atingindo, em glória, um futuro já vencido.
Caminharei devagarinho porque estou cansada,
Quero viver o momento, do amanhecer à madrugada,
Preciso dormir, esquecer minha vida apagada.
14 de Maio de 2010
Alcina Moreira

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Apaixonada pelo amor




Fecho os olhos e penso.
Penso naquele dia, de mãos dadas,
Caminhávamos junto ao mar,
A brisa acariciava nossos rostos, silenciosos e calmos.
Não havia palavras, nossos corpos falavam…
Clamavam por carícias, por gemidos, por entrega.
Quis ser tua, foste meu e não precisamos dizer nada…
Quebraria aquele momento mágico…
Tomaste meu corpo, sorveste-o, acariciaste-o,
Beijaste-o como se fosse teu.
E foi, fui tua, nesse momento - fomos um.
Nossos corpos, lânguidos de prazer,
Abrasados de paixão, queriam fundir-se…
Esmagar-se…
Beijamo-nos sôfregos,
Com prazer doloroso chegávamos juntos ao Éden.
Quisera aí ficar e eternizaria esse momento, que foi nosso …
Que é nosso, será nosso, mesmo na nossa despedida.
Eternamente enamorada dum amor assim.

Alcina Moreira

Entardecer


Final de tarde!
Sentada, numa duna, deixo que a noite se aproxime.
Olho o horizonte extasiada!
As lágrimas soltam-se perante tanta beleza!
A noite cai, lentamente …
E, lentamente, minhas lágrimas tombam em meu colo …
Tudo sereno, uma brisa suave, agita meus cabelos.
Permaneço sentada…Sensação de paz…
As cores deste final de dia, não deixam meu Ser imune.
Uma cor nostálgica e outonal.
Comungo, quero unir-me, sintonizar meu ser com esta paisagem…
Quero ser esta natureza deslumbrante, que existe,
Que É sem nada lhe ser exigido.
Quero ser esta natureza, bela porque livre…
Quero ser o que sou sem ameias.
Quero SER!
Alcina Moreira

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Na Noite...



A noite está negra como a morte,
Nela caminho alheia à minha sorte.
O frio paralisa meu corpo,
Não consigo avançar,
Meu coração de forma ardente, parece gelar.
Olha à minha volta, sinto-me agoniada,
Sigo em frente, mas deixei de ver a estrada.
A luz que me conduzia, me incendiava
Com uma rajada de vento, foi apagada.
Não há medo, nem fobia, estou perdida,
Meu coração gela, e bate de forma sentida.
A angustia se possessa de mim,
Exausta, exangue, sento-me no banco do jardim.
Fecho os olhos, deixo a lágrima cair,
Nada faço, compreendo seu sentir.
Recorda um passado, que a está ferir.
Ouço um eco ao longe.
- Não te deixes cair…
Alucinação!
Meu ser estarrecido,
Levanta-se imperioso,
Põe-se em sentido.
Segue à deriva,
Deixa para trás um mundo esquecido.
Persegue um presente de dor empedernido.
Ignora o futuro, agora já sem sentido.

21 de Novembro de 2010

Alcina Moreira

Cansaço





Deixo-me levar pela melodia,
Melodia que carrega minha tristeza.
Dou-te a mão e, caminho na incerteza…
Não sei o que vou contemplar na noite,
Não sei se te vou encontrar.
Mas sei que te vou amar,
De perto ou à distância.
Entrarás em meu Ser,
Por ti serei possuída,
De ti serei cativa,
Serei o tua fome, a tua sede,
O teu amor, a tua Vida.
Tua dor cravou-se na minha
E, não suporto mais minha existência,
Se a tua é ausência …
Estou incompleta!
Anda, caminha!
Segue, vem até mim!
Estou aqui…Aqui até ao Fim.

10/01/28

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Contradições




Quero e repudio.

Quero o silêncio da madrugada.

Fugir desta noite, em meu ser espelhada.

Quero a luz para meu caminho,

Feita da penumbra assombrada.

Quero caminhar e estou cansada.

Quero ser tudo, não quero ser nada…

Quero-te sem te querer,

Quero tua voz muda, calada.

Quero que grites, de forma apagada…

Quero dormir e estar acordada…

Quero sentir, sem ser magoada.

Quero minha vida,

Vazia de tudo, cheia de nada…

Quero ser o que sou

Sendo o Nada…

Esvaziar minha alma de recordações…

Quero esquecer o mundo da ilusão.

Alhear-me de tudo, e caminhar…

Sem rumo, sem destino…

Encontrar-me, em minha vida desencontrada.

Quero a anarquia, pelo caos animada.

Quero minha vida,

Quero-te a ti, quero os outros …

Quero-me a mim …

Sem querer Nada.



Beijinho

Alcina Moreira




quinta-feira, 10 de maio de 2012

Segue o teu caminho...







Coberta pelo manto da noite,

Seus gritos são abafados,

De angustia são tecidos,

De tristeza enlameados.

A chuva cai, copiosa,

Como lágrimas de teu rosto.

Porque quiseste amar,

Tão maior é teu desgosto.

A saudade aperta o peito

A duvida, inimigo suspeito.

Liberta-te mulher-criança,

Deixa esse fardo pesado,

Em que se transformou a esperança.

Ergues o rosto ao céu,

Nada vês, noite cerrada.

Porque segues, se cansada?

Amarfanha o passado,

Esquece o que te foi dado,

Porque nada te pertence.

Ergue-te, vive o presente!

O futuro, esse,

Que o viva quem o sente.



Abril de 12



Alcina Moreira


domingo, 6 de maio de 2012

Eterna Saudade


Velhos tempos de purezas infinitas
De ausências de tristeza,
Velhos tempos…
Infância perdida,
Saudade renascida dum mundo sem volta.
Desejo de teu abraço meigo e terno,
De teu olhar simplesmente materno.
De tua voz, ouço um eco distante e efémero…
Necessidade de sentir tua mão na minha,
De sentir teu calor, mitigar minha dor.
Nostalgia de tua doçura,
Para o doente sem cura.
Sentir tua emoção.
Olhando para um ser gerado.
De tua filha irresponsável,
Que, por ti, seria amado.
Como explicar-lhe que és a estrela mais brilhante,
Quando só vislumbro a penumbra?
Mãe, dá-me, um sinal, tira-me desta mágoa profunda.

Eterna saudade de tua filha,

Alcina Moreira

domingo, 22 de abril de 2012

Final de tarde.


Final de tarde!
Sentada, numa duna, deixo que a noite se aproxime.
Olho o horizonte extasiada!
As lágrimas soltam-se perante tanta beleza!
A noite cai, lentamente …
E, lentamente, minhas lágrimas tombam em meu colo …
Tudo sereno, uma brisa suave, agita meus cabelos.
Permaneço sentada…Sensação de paz…
As cores deste final de dia, não deixam meu Ser imune.
Uma cor nostálgica e outonal.
Comungo, quero unir-me, sintonizar meu ser com esta paisagem…
Quero ser esta natureza deslumbrante, que existe, que É sem nada lhe ser exigido.
Quero ser esta natureza, bela porque livre…
Quero ser o que sou sem ameias.
Quero SER!
Alcina Moreira


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Desilusão


Magoada, mortalmente ferida…
Preciso esquecer esse dia,
Que apaga minha alegria,
Minha vontade de viver…
Meu ser quer apenas vencer,
Esquecer minha alma amargurada
Que da tua se vê apartada.
Meu coração te entreguei,
Dele foste senhor e rei
E transformaste-o em nada.
Mergulhada na dor,
Quero esquecer esse amor
Que me afunda na penumbra
Numa tristeza profunda,
Da qual não consigo fugir.
Preciso esquecer esse passado
Em que viveste a meu lado
E me fizeste feliz…
Hoje, meu dia ensombrado
Quer apagar a ilusão
Dessa efémera paixão
Que outrora julguei eterna.

24 de Junho de 2010

Alcina Moreira

Melodia triste


Magoada, mortalmente ferida…
Preciso esquecer esse dia,
Que apaga minha alegria,
Minha vontade de viver…
Meu ser quer apenas vencer,
Esquecer minha alma amargurada
Que da tua se vê apartada.
Meu coração te entreguei,
Dele foste senhor e rei
E transformaste-o em nada.
Mergulhada na dor,
Quero esquecer esse amor
Que me afunda na penumbra
Numa tristeza profunda,
Da qual não consigo fugir.
Preciso esquecer esse passado
Em que viveste a meu lado
E me fizeste feliz…
Hoje, meu dia ensombrado
Quer apagar a ilusão
Dessa efémera paixão
Que outrora julguei eterna.

24 de Junho de 2010

Alcina Moreira

http://www.youtube.com/watch?v=wlDWXv-cIh8&feature=related

domingo, 15 de abril de 2012

Esquecer

Esquecer

Acendo um cigarro,
A noite passa lenta, melancólica.
Meus olhos fixam o firmamento,
Uma lágrima solta-se,
Sacudida pelo vento.
Penso, penso em ti,
E uma saudade pungente,
Transforma meu sangue em lava ardente.
Preciso esquecer, preciso esquecer o que senti,
Urgente olvidar este amor que me asfixia,
Que possui meu corpo, em letargia,
Que transforma meu dia, em noite sombria.
Urge apagar esta dor,
Dum amor que nunca foi,
Apagar todo o passado,
Dum coração magoado,
Que viveu na ilusão…

22 de Junho de 2010

Alcina Moreira

sexta-feira, 6 de abril de 2012

ALMA SOLITÁRIA


Alma solitária


Corre na calçada, descalça


Uma mão aperta sua angustia,


Outra vai cheia de nada.


Abandonada, perdida,


Procura uma infância escondida,


Castelo de areia que desmoronou,


Quando a tempestade passou.


Olha o infinito, esboça um grito,


Ecoa em seu pensamento,


E fica esquecido no tempo.


Triste, mas já conformada,


Caminha sozinha na estrada...


Vai ao encontro do presente,


Porque o passado fez-se ausente.


Determinada, olha o firmamento,


Esvazia o coração,


De qualquer sentimento,


Troca-o pela severa razão.


Ainda olha para trás,


Apenas por um instante,


Na certeza, que o passado,


É uma memória distante.


Chegada ao seu destino,


Pousa a mala da solidão,


Será a sua companheira,


Até a hora derradeira.


7 de Fevereiro de 2011



Alcina Moreira

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Se eu fosse pintora ...


Se eu fosse pintora fazia uma tela
Onde tu sentisses que a vida era bela.
Se fosse pintora, exibia o olhar daquela criança
Que te recorda a tua feliz infância.
Se fosse pintora, pintava a alegria,
Para que esquecesses a teus dias de agonia.
Se fosse pintora, coloria a saudade,
Para poderes sentir, na recordação, a felicidade.
Se fosse pintora, sanava da pintura a dor,
Para que só experimentasses o prazer do amor.
Se fosse pintora, pintava-te amigo,
Para que lembrasses que estou sempre contigo.
Não sou pintora, mas sou tua amiga,
Entrego-te meu amor, meu coração,
Concedo-te a graça de minha oração.
Que a harmonia, ternura e alegria
Estejam sempre na tua mão.
E os teus dias sejam uma perpétua alegre canção.

19 de Maio de 2010

Alcina Moreira

domingo, 1 de abril de 2012


Queria cantar em jubilo,
Mas a tristeza é mais forte,
Tempestade de angústia me assola.
Quero chorar, mas nem isso me consola.
Preciso de paz, de harmonia,
Senhor, dá-me luz, sê meu guia!
Urge o amor que me sacuda,
Desta torpe agonia.
Meu Deus, dai-me forças,
Para suportar a dor, noite e dia.
A saudade, aperta meu coração,
Sinto-me deprimida,
Vagueio na escuridão.
Vou caminhar só, nesta noite de nostalgia.
Seguirei, com uma triste melodia,
Vem, vem ao meu encontro,
Dá-me a felicidade de te ver, por um dia.
Depois, que se apague a luz de novo,
Suportarei toda a melancolia…
Sabendo-te bem, sabendo-te em sintonia,
Com o sopro suave do vento,
Que levou consigo todo o teu sofrimento.

Alcina Moreira

quarta-feira, 28 de março de 2012

Tão longe e tão perto...


Tão longe e tão perto…
Distante, sinto tua presença,
Vejo teu olhar de desejo,unido ao meu.
Teus lábios ávidos sorvem minha lascívia e paixão…
Tuas mãos, passeando, vagarosamente, em meu corpo,
São uma promessa silenciosa,
Deixando meu corpo numa lava ardente…
Estás distante e nunca estiveste tão próximo…
Não distingo meu corpo do teu!
Se toco meus lábios, sinto a paixão de teus beijos.
Se toco meu ser, sinto um vazio ardente…
Saudade pungente,
De teus lábios, de teu rosto, de teu olhar quente,
Que desperta todos os meus sentidos adormecidos.
Lágrimas rolam por meu rosto,
Gravado em meu ser a fogo, és presente,
Mas, não deixas de estar ausente…
Vem, vem buscar-me, vem calar a minha dor,
Em silêncio, fala-me de amor…
Apaga minha angústia,
Duma distância sentida.
Abafa o eco de meu grito mudo…
Vem amor, sou tua, serei tua, hoje e sempre…
Serei tua eternamente.

2010-02-14

Beijos

Alcina Moreira

Sofrimento profundo


Sofrimento profundo

Um silêncio espesso, sombrio, pesado.
Uma corrente de tristeza, numa alma apertada
Vontade de fugir, estando sempre parada…
Um tempo que persegue,
Um relógio que não pára.
Espera de forma irónica,
Uma vida amarfanhada.
Uma dor avassaladora
Um sofrimento profundo,
As garras da morte a querem levar,
Tirando-o deste mundo.
Eu não quero, queres viver
Mas seu poder implacável,
Tua vontade ousa vencer.
Agarra-te a mim,
Sofrerei contigo,
Prometo mitigar tua angustia,
Mesmo de coração partido.
Seguro a tua mão…
Ergo os olhos para o céu,
E a Deus faço uma prece.
- Se a queres junto de ti,
Protege-a do sofrimento.
Sê piedoso!
Que morra com dignidade.
Se é essa Tua vontade.

26 de Setembro de 2010

Alcina Moreira




segunda-feira, 26 de março de 2012

Sonhei que tinha sonhado

Caminho sobre as àguas

Sou mulher...

Saudade...

Porquê?

Um sonho

Partiste

Fecho os olhos ...

Fecho os olhos, não quero pensar, Pensamento traz sofrimento, E meu coração está a sangrar. Minhas lágrimas o lamento, Do que não quero lembrar. Fecho os olhos, penso em ti, Penso em tudo o que vivi, Que o tempo quer apagar. Naquela praia distante, Entreguei-me, fui amante, Amei e deixei-me amar. Abracei aquele momento, Como se eterno possível, Uma rajada de vento, Tornou-o inatingível, Votou-o ao esquecimento. Fecho os olhos, penso em ti, Sinto o coração quebrado, Tudo aquilo que senti, Transformou-se em passado. Enclausurada na solidão, Procuro a tua mão, Minha alma está vazia, Vagueia na escuridão. Réstia de amor é dor, Tudo o mais é utopia. 13 de Julho de 2010 Alcina Moreira

domingo, 25 de março de 2012

Se eu fosse pintora...




Se eu fosse pintora fazia uma tela
Onde tu sentisses que a vida era bela.
Se fosse pintora, exibia o olhar daquela criança
Que te recorda a tua feliz infância.
Se fosse pintora, pintava a alegria,
Para que esquecesses a teus dias de agonia.
Se fosse pintora, coloria a saudade,
Para poderes sentir, na recordação, a felicidade.
Se fosse pintora, sanava da pintura a dor,
Para que só experimentasses o prazer do amor.
Se fosse pintora, pintava-te amigo,
Para que lembrasses que estou sempre contigo.
Não sou pintora, mas sou tua amiga,
Entrego-te meu amor, meu coração,
Concedo-te a graça de minha oração.
Que a harmonia, ternura e alegria
Estejam sempre na tua mão.
E os teus dias sejam uma perpétua alegre canção.

19 de Maio de 2011

Alcina Moreira

quinta-feira, 22 de março de 2012

As horas passam...


As horas passam, dolentes sem pressa,
A insónia domina-me, e a dor recomeça…
A depressão assola-me, agasta-me,
Vertiginosa saudade se possessa de meu ser.
Saudade de quem fui, saudade de quem serei,
Saudade de mim, de ti, de nós,
Saudade gerada pela ausência,
De todos os seres que amei…
Turbilhão de sentimentos,
Dor da perda, arrependimentos.
Vontade absurda de descobrir,
Todo aquilo que já sei…
Saber-me amada assim,
É tristeza para mim.
O mutismo, a distancia,
Derrubará, com agonia, a esperança,
Do amor que não tem fim.
Culpa tua, minha, nossa!
Que erga a mão quem possa,
Encontrar uma resposta,
Para quem só quer viver,
Dar, amar e receber.
Abrir mão do coração,
Esquecer toda a razão,
Sem com o gesto padecer…

22 de Agosto de 2011

Alcina Moreira

terça-feira, 20 de março de 2012

Depressão






Depressão


Sinto-me triste, deprimida…
Uma nostalgia parece ensombrar meu dia,
Mergulho na escuridão da minha depressão,
Deixo que a dor escorra de meu coração,
A mágoa cola-se a ela numa triste melodia.
Não consigo escapulir a uma saudade que me asfixia.
Deixo-me cair, com os pensamentos em turbilhão…
Cansada, exausta de procurar o nada, perco a razão.
Meu pensamento transforma-se em sentimento,
E todo este sentir é um real fingimento,
Duma alma sem alento, sem rumo, ao sabor do vento.
Abraço-me, fecho os olhos e procuro aquela lágrima escondida,
Que me ajude a tratar a minha alma ferida…
A lágrima tombou, molhou minha face e secou.
Evaporou-se e deixou-me mais perdida…

11 de Maio de 10

Alcina Moreira