quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cai a noite...





Noite cerrada, noite triste, noite gelada,
Dá-me o teu colo, refresca minha mente apagada.
Despe minha máscara, estou só, estou cansada.
Desnuda minha Verdade, minha Verdade esmagada,
Pela mentira oculta que vê tudo, sem ver nada.
De tua sombra vestida, abro os olhos,
Ouso ver minha figura, agora desenganada.
Quisera ser sempre tua, nesta vida conturbada!
Seria apenas Eu, verdadeiramente Eu,
Desde a aurora à madrugada…

Alcina Moreira


5 comentários:

  1. a saudade do que se não foi a desembocar no enorme glossário do tempo e do corpo...

    belíssimo, querida amiga; beijinho!

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    1. Leitura sensível, que vê mais além, que desnuda , apanágio de verdadeiros poetas!

      Grata pela exímia leitura, querido amigo; beijinho meu!

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  2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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