sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


Fecho os olhos…

Teu pensamento preenche-me.

Acaricias, de forma lânguida, meu corpo…

Deixas-me num frémito de prazer…

Sugas, com teus beijos molhados, minha razão e meu ser…

Já não distingo o meu corpo do teu…

O torpor cega meus sentidos…

Tornámo-nos unos…

Numa sintonia lasciva, deixámo-nos levar.

Colados, nossos corpos suados,

Dançam de forma cada vez mais alucinante.

Não parámos, impossível parar!

Ambos tocámos o Éden, exaustos e saciados.

Aí permanecemos, libertos, desnudados,

Entorpecidos pela paixão…

Deitados ficámos, olhando o Infinito…

Numa lassidão terna e selvagem.

Até quando? Até quando?

Talvez hoje, amanhã,

Talvez Sempre…



Alcina Moreira




Vagueio



Vagueio!



Sem rumo, sem destino,

Uma alma angustiada,

Que caminha abandonada,

Perdida em seu pensamento.

Sente a dor do sentimento

De quem já não sente nada.

Olha em frente, seu coração distante,

Busca aquele instante,

Em que soube ser amada,

Em que soube ser amante.

Memória de tempos idos,

Intensamente vividos,

Feitos de amor e esperança.

Que fique em teu coração,

Eterna e doce lembrança,

De nossa ternura e paixão.



Dezembro de 11



Alcina Moreira