segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Chuva Bate




A chuva bate, fustiga as janelas,

Seu som é uma triste melodia.

Que arde meu corpo e me deixa fria.

Olho o horizonte com céu cinzento,

Deixo a lágrima tombar,

Rebolando meu sentimento.

Hirta me mantenho ali,

Pensando no que sou,

Recordando o que já vivi…

O tempo passa, permaneço esquecida

Que a vida mesmo com dor é para ser vivida.

Acendo o cigarro de alma inquieta,

Sufoca-me esta vida presente e tão incerta.

A revolta esvai-se, a dor persiste,

Encarar uma vida com futuro tão triste…

Ouço uma voz melódica ao longe,

Implora-me que não busque o que a vida me esconde.

E, assim vou viver, o presente de felicidade ausente,

Esquecer o passado em meu peito abafado.

Ignorar o futuro que parece tão escuro.

Assim, assim, vou viver…



3 de Outubro de 2010



Alcina Moreira