Sei que não vens,
Mas deixo-me ficar sentada,
Ali naquela esplanada,
Onde um dia te conheci.
Sei que não vens,
Deixo a chuva bater em meu rosto,
Apagar o meu desgosto,
Dum sonho que não esqueci.
Sei que não vens,
Permaneço ali prostrada,
Esperando a madrugada,
Para engolir o que vivi…
Sei que não vens,
Tudo foi uma quimera,
É vã a minha espera,
E meu coração chama por ti.
Sei que não vens…
Levanto-me, estou cansada,
Tropeço naquela estrada,
Sigo determinada,
Esquecendo o que senti.
Alcina Moreira