sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


Fecho os olhos…

Teu pensamento preenche-me.

Acaricias, de forma lânguida, meu corpo…

Deixas-me num frémito de prazer…

Sugas, com teus beijos molhados, minha razão e meu ser…

Já não distingo o meu corpo do teu…

O torpor cega meus sentidos…

Tornámo-nos unos…

Numa sintonia lasciva, deixámo-nos levar.

Colados, nossos corpos suados,

Dançam de forma cada vez mais alucinante.

Não parámos, impossível parar!

Ambos tocámos o Éden, exaustos e saciados.

Aí permanecemos, libertos, desnudados,

Entorpecidos pela paixão…

Deitados ficámos, olhando o Infinito…

Numa lassidão terna e selvagem.

Até quando? Até quando?

Talvez hoje, amanhã,

Talvez Sempre…



Alcina Moreira




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