Alma solitária
Corre na calçada, descalça
Uma mão aperta sua angustia,
Outra vai cheia de nada.
Abandonada, perdida,
Procura uma infância escondida,
Castelo de areia que desmoronou,
Quando a tempestade passou.
Olha o infinito, esboça um grito,
Ecoa em seu pensamento,
E fica esquecido no tempo.
Triste, mas já conformada,
Caminha sozinha na estrada...
Vai ao encontro do presente,
Porque o passado fez-se ausente.
Determinada, olha o firmamento,
Esvazia o coração,
De qualquer sentimento,
Troca-o pela severa razão.
Ainda olha para trás,
Apenas por um instante,
Na certeza, que o passado,
É uma memória distante.
Chegada ao seu destino,
Pousa a mala da solidão,
Será a sua companheira,
Até a hora derradeira.
7 de Fevereiro de 2011
Alcina Moreira
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