sexta-feira, 6 de abril de 2012

ALMA SOLITÁRIA


Alma solitária


Corre na calçada, descalça


Uma mão aperta sua angustia,


Outra vai cheia de nada.


Abandonada, perdida,


Procura uma infância escondida,


Castelo de areia que desmoronou,


Quando a tempestade passou.


Olha o infinito, esboça um grito,


Ecoa em seu pensamento,


E fica esquecido no tempo.


Triste, mas já conformada,


Caminha sozinha na estrada...


Vai ao encontro do presente,


Porque o passado fez-se ausente.


Determinada, olha o firmamento,


Esvazia o coração,


De qualquer sentimento,


Troca-o pela severa razão.


Ainda olha para trás,


Apenas por um instante,


Na certeza, que o passado,


É uma memória distante.


Chegada ao seu destino,


Pousa a mala da solidão,


Será a sua companheira,


Até a hora derradeira.


7 de Fevereiro de 2011



Alcina Moreira

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