Fecho os olhos…
Teu pensamento preenche-me.
Acaricias, de forma lânguida, meu corpo…
Deixas-me num frémito de prazer…
Sugas, com teus beijos molhados, minha razão e meu ser…
Já não distingo o meu corpo do teu…
O torpor cega meus sentidos…
Tornámo-nos unos…
Numa sintonia lasciva, deixámo-nos levar.
Colados, nossos corpos suados,
Dançam de forma cada vez mais alucinante.
Não parámos, impossível parar!
Ambos tocámos o Éden, exaustos e saciados.
Aí permanecemos, libertos, desnudados,
Entorpecidos pela paixão…
Deitados ficámos, olhando o Infinito…
Numa lassidão terna e selvagem.
Até quando? Até quando?
Talvez hoje, amanhã,
Talvez Sempre…
Alcina Moreira