domingo, 19 de fevereiro de 2012

jardim encantado



Caminho sem pressa, naquele jardim,

Atapetado de relva, rosas e com cheiro a jasmim…

Foi ali, foi ali que te vi, te senti, por acaso…

Olhamo-nos profundamente,

Meu corpo escaldava com o teu olhar ardente…

Aproximamo-nos, o aroma das flores inebriava meus sentidos,

Sem mesmo o pensar, já por ti sonhava ser amada…

Estranha e misteriosa sensação, de te desejar, de te querer.

Como se fosses razão me meu viver…

Mas assim foi…rompem-se as barreiras…

Aproximas-te, tocas-me e meu corpo trémulo clama o teu.

Entrego-me, mesmo ali, porque sei, que desde então serás meu.

Não sei se em sonho, se ilusão,

Serás o jasmim, que ali apareceu para mim…

O tempo poderá passar, o jardim ficar sombrio…

Mas sempre que ali passo, sei que encontrei meu amor vadio…

Não serás esquecimento, porque meu amor,

Eternizou esse momento…

Partiste, não sei onde estás…

Seguiste o teu caminho,

Eu permaneci no jardim,

Mesclando prazer sentido…

Com o cheiro do jasmim…

Se puderes, volta, volta para mim…



5 de Junho de 2010



Alcina Moreira


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Aprendi


Aprendi que a amizade é real,
Aprendi que o amigo é sempre leal.
Aprendi que viver é partilhar.
Aprendi a acreditar…
Aprendi a aceitar-te,
Aprendi a amar-te,
Aprendi que é possível a verdade,
Aprendi que é sincera a saudade…
Aprendi que estou sempre a aprender…
Aprendi que a vida é passagem,
Compreendi que existe outra margem,
Compreendi que é possível sonhar…
Compreendi que se pode sorrir,
Com a alma a chorar…

Um ano passou…
E tanta coisa perdurou…
Uma amizade eterna
E uma saudade pungente
De meu amigo ausente…
Contigo, convosco aprendi
Que amar pode ser sofrer
E que sofrer é viver…
Eduquei a paciência,
Mesmo na angustia da ausência…
Apreendi com sofrimento,
Que podes ser nuvem ou vento,
Estarei sempre contigo,
Irmão, companheiro, amigo.

8 de Junho de 2010

Alcina Moreira

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Saudade


Saudade de ter saudade de um tempo que já vivi.
Saudade de ter saudade de tudo o que senti...
O tempo levou-me a esperança, e sem ela adormeci.
Olho ainda o firmamento, mas já tudo esqueci.
Quero eternizar o momento em que vivia para ti.
Depois, todo este sentimento, que sopre doce como o vento,
Que fique terna lembrança, de amar e ser amada...
Que reste contigo a esperança, se comigo a saudade...
Amor sentido de forma diferente, que se torne eternidade.

Alcina Moreira




Alguém especial

Para ti...

Caminha ...



Caminha naquela estrada,

Está sozinha, abandonada,

Sua alma torturada,

Chora, grita angustiada.



Olha em seu redor,

Tudo está triste, despido,

Devastado pela dor,

Em seu coração de angustia esculpido.



Procura na escuridão,

Cúmplice da sua solidão,

Encontrar uma saída,

Buscar sua alma perdida.



Houve o eco de seus passos,

Lentos, pesados, lassos,

Que caminham à deriva,

De toda a alegria despida.



A tristeza é sua – diz,

A saudade companheira

Pede a Deus, mulher infeliz,

Uma vida verdadeira.



26 de Dezembro 2010



Alcina Moreira

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sadness




Garoto de olhar triste,

Pedes-me um poema.

É tão fraca a minha pena

Não sei como não sentiste.



Teu sorriso é minha folha

Teus olhos minhas palavras

Teu sorriso é melodia,

Que em jubilo me cantavas.
                                                                            

Olho para ti deslumbrada,

 E deixo o verso soltar-se

Qual musa, teu olhar doce,

Quer no meu eternizar-se.



Garoto, olhar ternura,

Criança, sonho de amor.

Preciso da tua inocência,

Para esquecer minha dor.



Garoto, anjo de luz,

Nesta longa caminhada,

Dá-me a mão, tua esperança,

Desta vida estou cansada.



Garoto, hoje é teu dia!

És amor, és inocência,

Partilhemos a  alegria,

Porque a minha fez-se ausência.



1 de Junho de 10



Alcina Moreira








Vida mascarada



Vida Mascarada.
Noite cerrada, noite triste, noite gelada,
Dá-me o teu colo, refresca minha mente apagada.
Despe minha máscara, estou só, estou cansada.
Desnuda minha Verdade, minha Verdade esmagada,
Pela mentira oculta que vê tudo, sem ver nada.
De tua sombra vestida, abro os olhos,
Ouso ver minha figura, agora desenganada.
Quisera ser sempre tua, nesta vida conturbada!
Seria apenas Eu, verdadeiramente Eu,
Desde a aurora à madrugada…

13-01-10

Alcina Moreira