Caminho sem pressa, naquele jardim,
Atapetado de relva, rosas e com cheiro a jasmim…
Foi ali, foi ali que te vi, te senti, por acaso…
Olhamo-nos profundamente,
Meu corpo escaldava com o teu olhar ardente…
Aproximamo-nos, o aroma das flores inebriava meus sentidos,
Sem mesmo o pensar, já por ti sonhava ser amada…
Estranha e misteriosa sensação, de te desejar, de te querer.
Como se fosses razão me meu viver…
Mas assim foi…rompem-se as barreiras…
Aproximas-te, tocas-me e meu corpo trémulo clama o teu.
Entrego-me, mesmo ali, porque sei, que desde então serás meu.
Não sei se em sonho, se ilusão,
Serás o jasmim, que ali apareceu para mim…
O tempo poderá passar, o jardim ficar sombrio…
Mas sempre que ali passo, sei que encontrei meu amor vadio…
Não serás esquecimento, porque meu amor,
Eternizou esse momento…
Partiste, não sei onde estás…
Seguiste o teu caminho,
Eu permaneci no jardim,
Mesclando prazer sentido…
Com o cheiro do jasmim…
Se puderes, volta, volta para mim…
5 de Junho de 2010
Alcina Moreira