segunda-feira, 18 de junho de 2012

Lágrimas

Lágrimas
Uma, duas, três,
As lágrimas caem em catadupa
Lavam meu rosto macerado de dor,
Adormecem em meu colo.
Permaneço em silêncio,
Lavo minha alma de todo o sofrimento,
Sinto o eco surdo de um coração vazio,
Suas batidas são ténues, sinto frio…
Preciso do teu ombro terno e amigo,
Quero deixar de sentir esta solidão,
Que avassala e entorpece meu coração…
Quero sentir o teu calor,
O teu abraço protector,
Que me transporte para um mundo de luz,
Um mundo de Amor…
Quimera, vã ilusão,
Partiste, deixaste-me só, na escuridão…
Vacilante, na penumbra, procuro o caminho,
Sei que é um percurso tortuoso,
Onde paira um tormento doloroso,
Dum passado que se queria esquecido,
Dum presente que se queria vivido,
Atingindo, em glória, um futuro já vencido.
Caminharei devagarinho porque estou cansada,
Quero viver o momento, do amanhecer à madrugada,
Preciso dormir, esquecer minha vida apagada.
14 de Maio de 2010
Alcina Moreira

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