sábado, 8 de setembro de 2012

Esperar




Tempo, pensei que fosses meu companheiro,

Pensei que fosses meu amigo…

Mas duma forma atroz,

Descubro em ti meu inimigo.

Acreditei que chorasses comigo,

Um choro pungente e sentido,

Que apagasse minha dor…

De mão dada, meu irmão,

Protegerias meu coração,

Desta mágoa de amor.

Mas não, implacável insistes,

Que a saudade que existe,

Se faça eternidade…

Se me queres perseguir,

Faz da recordação ternura,

Onde não haja amargura,

Não mais que a terna doçura,

De amar e ser amada.

 

 

17 de Maio de 2011

 

Alcina




 

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