Era tudo tão fácil se soubesses ler meu olhar…
Era tão fácil, entenderes o que é amar.
Era tão simples poder tudo partilhar…
Tomar meu colo e nele tua mágoa brotar.
Pegar minha mão e secar tua lágrima molhada, a queimar.
Pequeno e grande gesto de me abraçar…
Sussurrar, num murmúrio silencioso, tua vontade de ficar…
Tudo em vão…
Triste e pesarosa desilusão…
Chove lá fora e no meu coração.
Quero-te, desejo-te, mas partes, como no final duma triste
canção…
Inconformada, procuro saber a razão…
Revejo, vasculho meu passado, olho meu presente, tudo em
vão…
Limpaste minha lágrima teimosa e incontrolada,
E partiste sem dizer mais nada…
E eu aqui permaneço sentada,
Perdida em sonhos,
Repleta duma nostalgia triste…
Abandonada, nesta sombria e derradeira madrugada.
19 de Março de 2010
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