terça-feira, 12 de novembro de 2013

Sem Saída



As folhas amarelecidas caem no banco, varridas pelo vento…
Alheia a tudo, não as vês, isolaste num mundo de esquecimento.
Não contas os dias, as horas, minutos, desistes do tempo.
Observo-te ao longe, entre as folhas outonais,
Caem são pisadas, pela indiferença dos demais.
Ergue-te, sai desse caminho…não te percas.
Precisas de mim ainda que não o peças…
Segura-te a mim, e deixa as lágrimas tombarem,
Molha meu ombro, não te ausentes,
Eu estou aqui, eu estou presente…
Doloroso ver o Outono da vida,
Ceifar de forma tão abrupta,
A vida de uma jovem que nunca teve uma vida absoluta…
Preciso de força, preciso de coragem,
Para te ajudar a passar para a outra margem.
Partirás, um dia partirás…
Sei-o, sinto-o, vejo-o, mas
Em meu coração sempre habitarás.
Meu ser estremece só de pensar
Que a morte implacável,
Te quer vir buscar.
Meu Deus, sê misericordioso,
Dá a esta alma triste, perdida, um fim,
Sem sofrimento, sem angustia, suportavelmente doloroso.
Dá-lhe animo se tiver que ser, para aceitar que Aqui pode terminar,
Mas vai continuar a viver, junto de ti e em meu coração piedoso.
Tu, meu Deus, ser de perdão, desculpa-lhe alguma falha,
Não atormentes muito o seu e meu coração.
Traz-lhe um anjo que a conduza, para o Mundo da paz,
      Onde acaba toda a luta.           

                             



Alcina Moreira 


4 comentários:

  1. Lindissimo poema a dar que pensar ...
    Beijinhos .
    Pedro Malheiros

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    1. Fico grata e feliz que sigas o que escrevo - "fantasmas", que me perseguem!

      Beijinho meu, Pedro!

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  2. o outono principia nas folhas e resvala para as raízes dos dedos: a ilusão das cores perfeitas acorda invariavelmente tombada no chão. felizmente, amanhã há um novo amanhecer.

    beijinho, querida amiga!

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    1. Em meio à tempestade, é um bálsamo para a alma, ouvir o eco "surdo" da esperança.

      Grata , querido amigo!

      Beijinho

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