As folhas amarelecidas caem no banco, varridas pelo vento…
Alheia a tudo, não as vês, isolaste num mundo de
esquecimento.
Não contas os dias, as horas, minutos, desistes do tempo.
Observo-te ao longe, entre as folhas outonais,
Caem são pisadas, pela indiferença dos demais.
Ergue-te, sai desse caminho…não te percas.
Precisas de mim ainda que não o peças…
Segura-te a mim, e deixa as lágrimas tombarem,
Molha meu ombro, não te ausentes,
Eu estou aqui, eu estou presente…
Doloroso ver o Outono da vida,
Ceifar de forma tão abrupta,
A vida de uma jovem que nunca teve uma vida absoluta…
Preciso de força, preciso de coragem,
Para te ajudar a passar para a outra margem.
Partirás, um dia partirás…
Sei-o, sinto-o, vejo-o, mas
Em meu coração sempre habitarás.
Meu ser estremece só de pensar
Que a morte implacável,
Te quer vir buscar.
Meu Deus, sê misericordioso,
Dá a esta alma triste, perdida, um fim,
Sem sofrimento, sem angustia, suportavelmente doloroso.
Dá-lhe animo se tiver que ser, para aceitar que Aqui pode
terminar,
Mas vai continuar a viver, junto de ti e em meu coração
piedoso.
Tu, meu Deus, ser de perdão, desculpa-lhe alguma falha,
Não atormentes muito o seu e meu coração.
Traz-lhe um anjo que a conduza, para o Mundo da paz,
Onde acaba toda a luta.
Alcina Moreira
Lindissimo poema a dar que pensar ...
ResponderEliminarBeijinhos .
Pedro Malheiros
Fico grata e feliz que sigas o que escrevo - "fantasmas", que me perseguem!
EliminarBeijinho meu, Pedro!
o outono principia nas folhas e resvala para as raízes dos dedos: a ilusão das cores perfeitas acorda invariavelmente tombada no chão. felizmente, amanhã há um novo amanhecer.
ResponderEliminarbeijinho, querida amiga!
Em meio à tempestade, é um bálsamo para a alma, ouvir o eco "surdo" da esperança.
EliminarGrata , querido amigo!
Beijinho