quinta-feira, 22 de março de 2012

As horas passam...


As horas passam, dolentes sem pressa,
A insónia domina-me, e a dor recomeça…
A depressão assola-me, agasta-me,
Vertiginosa saudade se possessa de meu ser.
Saudade de quem fui, saudade de quem serei,
Saudade de mim, de ti, de nós,
Saudade gerada pela ausência,
De todos os seres que amei…
Turbilhão de sentimentos,
Dor da perda, arrependimentos.
Vontade absurda de descobrir,
Todo aquilo que já sei…
Saber-me amada assim,
É tristeza para mim.
O mutismo, a distancia,
Derrubará, com agonia, a esperança,
Do amor que não tem fim.
Culpa tua, minha, nossa!
Que erga a mão quem possa,
Encontrar uma resposta,
Para quem só quer viver,
Dar, amar e receber.
Abrir mão do coração,
Esquecer toda a razão,
Sem com o gesto padecer…

22 de Agosto de 2011

Alcina Moreira

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